Título
Social cognitive consequences of differences in the emotional grounding of concepts: the role of embodiment
Autor
Azevedo, Catarina Mesquita Melo e
Resumo
pt
O presente trabalho examina a ancoragem afectiva da língua-nativa (L1) e da
segunda-língua (L2), e como estas influenciam de forma diferente processos intraindividuais,
inter-individuais e intergrupais. No primeiro capítulo enquadramos o trabalho na
abordagem da Cognição Social Situada propondo a aplicação das suas premissas à
comunicação linguística. No segundo capítulo revemos estudos que mostram diferenças no
processamento de L1-L2 concluíndo que, provavelmente, estas línguas não são
corporalizadas da mesma maneira.
No primeiro capítulo empírico examinamos esta premissa em dois experimentos de
primação afectiva. Observámos efeitos de congruência apenas em L1 para pares de palavras
primo-alvo, e em L1-L2 para pares de palavras/fotos (expressões faciais). Estes resultados
sugerem diferenças na ancoragem afectiva de L1-L2 e que a presença de expressões faciais,
facilitadoras de processos de simulação afectiva, anula os constrangimentos impostos por L2.
O segundo conjunto de três experimentos revelou que L2 induz distância social e um
processamento mais abstracto. Para além disso, a distância social induzida por L2 foi
mediada por um construal-level mais abstracto, o que é consistente com a natureza
descorporalizada de L2. No último conjunto de dois experimentos observou-se que a
avaliação de frases de conteúdo afectivo, apresentadas em L1-L2, depende da sua valência e
da pertença grupal dos alvos descritos. A simulação afectiva (medida com EMG) foi mais
intensa em L1, e para o in-group, e as diferenças na simulação de frases do in-group/outgroup
foram realçadas em L2. O último capítulo apresenta os resultados principais, seus
contributos e limitações, e sugestões para investigação futura.
en
The present work examines the affective grounding of first-native (L1) and secondlearned
(L2) languages, and how they differently impact intra-individual, inter-individual and
intergroup processes. In the first chapter we framed our work in the Socially Situated
Cognition approach, and proposed the application of its assumptions to linguistic
communication. In the second chapter we reviewed literature showing the differences in
processing L1-L2, and concluded that these languages are not likely to be grounded in the
same way.
In the first empirical chapter we examined this assumption in two affective priming
experiments. Congruency effects were observed only in L1 for prime/target word pairs, and
in L1-L2 for pairs of word/photos (facial expressions). These results suggest different
groundings of L1-L2, and that the presence of facial expressions, that facilitate affective
simulation processes, may overrule L2 constraints. The second set of three experiments
revealed that L2 induces social distance and a more abstract type of processing. Moreover,
the social distance induced by L2 was mediated by a more abstract construal-level that is
consistent with the disembodied nature of L2. The last set of two experiments indicates that
the evaluation of sentences with affective content, presented in L1-L2, depends on their
valence and on the group membership of the described targets. Affective simulation
(measured with EMG) was more intense in L1, and for the in-group, and differences in
simulation of in-group/out-group sentences were enhanced in L2. The last chapter presents a
summary of the main findings, their contributions and limitations, and suggests future
research directions.