Título
An emotion-based model of criminal investigators' competences in Polícia de Segurança Pública
Autor
Moura, Rui Filipe Resende Melo Coelho de
Resumo
pt
A competência é um conceito central na GRH, pois oferece a possibilidade de ser a
referência estratégica em torno da qual todas as práticas de RH podem ser articuladas.
Os modelos e perfis de competência existentes têm sido desenvolvidos através da
integração da literatura, mas ainda não integram bem o papel que as emoções
desempenham nas organizações.
A presente investigação pretende explorar os modelos de competências com base em
emoções, concentrando-se numa profissão emocionalmente exigente: a do investigador
criminal, articulando com o recrutamento e seleção, bem como com a formação inicial.
Depois de caracterizar o contexto institucional em que trabalham os investigadores
criminais da PSP, o estudo começa por explorar o recrutamento e seleção de polícias
bem como as práticas de formação inicial nas forças de segurança europeias, focando
quer oficiais quer agentes. Os resultados mostraram divergências entre forças de
segurança e entre as duas carreiras, não tendo sido possível identificar qualquer padrão
emergente. Adicionalmente, não foram identificadas práticas de base emocional.
A investigação evoluiu para explorar como mapear as emoções numa perspectiva do
desempenho, condicionando todo o modelo de construção de competências proposto por
Bartram e Roe (2005). Com uma amostra de 703 questionários preenchidos por
investigadores criminais, recolhemos dados sobre comandos emocionais, personalidade,
aptidões, conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para testar um conjunto
sequencial de relações entre estes construtos. Os resultados de análises de equações
estruturais mostram fluxos de associações que ligam os sistemas de comando emocional
a competências específicas, moderados num determinado interface pelos valores.
O modelo sincrético resultante incorporou quer competências quer emoções (na camada
basilar), seguindo uma metodologia de modelação em interfaces, o que lhe conferiu uma
composição e relação diferentes entre os interfaces. Os resultados sugerem a
possibilidade de estruturar um modelo de competências para investigadores criminais
assente em emoções, expressas como os fundamentos emocionais da personalidade
humana (Davis & Panksepp, 2011) designados por sistemas de comando emocional.
en
Competence is a core concept in HRM as it offers the possibility of being the strategic
reference around which all HR practices are articulated. Competence models and
profiling have been developing by integrating extant literature but are yet to fully grasp
the role emotions play in daily organizational life.
The present research is set to explore emotion-based competence modelling by focusing
on an emotional demanding profession: that of criminal investigator, linking with
recruitment and selection as well as initial training.
After reviewing the institutional context in which criminal investigators work (PSP), the
study starts by exploring police recruitment and selection, and initial training practices
in European police forces, focusing both on officials and officers. Findings showed
divergences both between police forces and careers thus showing no emergent pattern
on these issues. More importantly, no emotion-driven practices was reported.
The research evolved to explore how emotions could be mapped under the performance
agenda conditioning the entire building of competence model as proposed by Bartram
and Roe (2005). With a sample of 703 questionnaires filled in by criminal investigators
we collected data on emotional commands, personality, abilities, knowledge, skills,
attitudes and values to test a sequential set of relations between these constructs.
Findings from SEM analysis show streams of associations linking emotional commands
up to specific competences, moderated at certain level by values.
The resulting syncretic model addressed both competences and emotions (at the lowest
layer), following a modelling methodology in sequenced layers (interfaces) which
rendered it a different composition and relation between layers. Findings suggest that it
is possible to structure a competence model for criminal investigators with emotions
considered at the ground layer as the emotional foundations of human personality
(Davis & Panksepp, 2011) expressed as the Emotion Command Systems.