Título
Relações de género em contexto de trabalho criativo: representações e práticas sociais
Autor
Correia, Sónia Bernardo
Resumo
pt
A investigação propõe-se a compreender de que forma a geração dos jovens criativos, digitais e
urbanos se posiciona face à ordem de género vigente. Procura-se para o específico dos contextos de
trabalho, e também para os domínios da vida social, recolher representações e práticas ilustrativas das
relações de género em que os jovens participam.
A investigação envolve 26 mulheres e homens com idades compreendidas entre os 23 e os 34
anos residentes em meio urbano (Lisboa, Porto e Braga) e que exercem profissões do meio cultural e
criativo.
O sector criativo é considerado, se comparado com outros sectores da economia, tolerante,
igualitário e menos hierarquizado, em termos das relações de género (e outras). A revisão da
bibliografia e a presente investigação mostram, todavia, como os ambientes de trabalho criativos não
são imunes às desigualdades e discriminações de género contra as mulheres.
A dissertação assenta numa metodologia qualitativa, usando como instrumento a entrevista
semi-directiva. A análise dos resultados sistematiza os depoimentos de acordo com uma grelha que
cruza representações de género, relações de género no trabalho, relação trabalho-vida familiar e
participação cívica dos jovens. Deste estudo emergem três perfis-tipo ilustrativos da geração de jovens
criativos urbanos: os alheados, os instalados e os implicados.
en
The research aims to understand how the generation of creative, digital and urban millennials positions
itself in the current gender order. This study seeks to gather representations and practices illustrative of
the gender relations in which young people participate both in their professional and social domains.
The research involves 26 women and men between the ages of 23 and 34 living in urban areas
(Lisbon, Porto and Braga), practicing cultural and creative professions.
The creative sector is considered, if compared to other sectors of the economy, tolerant,
egalitarian and less hierarchical, in terms of gender relations (and others). The review of the literature
and the present research show, however, how creative work environments are not immune to gender
inequalities and discrimination against women.
The dissertation is based on a qualitative methodology, using the semi-directive interview as
instrument. The analysis of the results systematises the gathered statements according to a grid that
crosses gender representations, gender relations at work, work-life balance and civic participation of
young people. From this study emerged three illustrative profiles portrating the generation of young
urban creatives: the outsiders, the installed and the involved.