A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) tem sido estudada pelos académicos ao longo dos últimos anos. Após o planeta ter começado a ser assolado pelo flagelo das alterações climáticas é que as organizações se sensibilizaram com o tema e passaram a integrá-lo na sua estratégia de negócio. Na atualidade, as empresas começam a trabalhar para lá dos ganhos económicos, tendo vindo a ser mudado o mindset com vista a fazer mais e melhor pela sociedade em geral de modo a garantir sustentabilidade social e ambiental. Este esforço por investir na responsabilidade social tem sido bem visto pelos acionistas das organizações, havendo até fundos de investimento que deixaram de participar em empresas que não se preocupem com a sociedade e o planeta no geral. Como tal, passaram a existir princípios éticos que as empresas devem seguir para serem vistas como confiáveis. Tendo como base a teoria do descomprometimento moral, este estudo propõe que os subordinados desempenhem determinados comportamentos não éticos através da observação das tarefas dos outros intervenientes da organização (líder e colegas), influenciando, assim, a sua estrutura ética e o seu desempenho no trabalho. O estudo analisou o efeito de mediação e moderação de variáveis contextuais na relação entre responsabilidade social corporativa a nível ambiental e ética e performance organizacional, utilizando uma amostra de 395 participantes de 37 organizações díspares para a qual se obteve uma taxa de rejeição de 15% aos questionários. Os resultados revelaram que a liderança transformacional modera a relação entre responsabilidade social corporativa a nível ambiental e os comportamentos não éticos das equipas, a qual é mediada pelo descomprometimento moral das chefias associado às alterações climáticas. Revelou-se também que o descomprometimento moral dos líderes medeia a relação entre responsabilidade social corporativa a nível ambiental e comportamentos não éticos nas equipas. As implicações dessas revelações para a pesquisa e prática são discutidas no presente estudo.

Corporate Social Responsibility (CSR) has been a subject studied by the academic field over the years. After the planet began to be plagued by the scourge of climate change, organizations became aware of the issue and began to integrate it into their business strategy Nowadays, companies work beyond economic gains, and the mindset has been changed to do more and better for society to guarantee social and environmental sustainability. This effort to invest in social responsibility has been observed by those shareholders, even investment funds have stopped participating in companies that do not Do not show concern or are involved in practices that are harmful to the environment. As such, there are ethical principles that companies must follow to be viewed as trustworthy. Based on the theory of moral disengagement, this study proposes that subordinates perform certain specific ethical behaviours by observing the tasks of the other members of the organization (leader and colleagues), so influencing their ethical structure and performance at work. This study analysed the effect of mediation and moderation of contextual variables in the relationship between corporate social responsibility and ethics and organizational performance, using a sample of 395 participants from 37 different organizations for which a questionnaire rejection rate of 15% was obtained. The results revealed that transformational leadership moderates the relationship between corporate social responsibility and non-ethical behaviour of teams, which is mediated by the moral disengagement of managers associated with climate change. It has also been revealed that the moral disengagement of leaders mediates the relationship between corporate social responsibility and unethical behaviour in teams. The implications of these disclosures for research and practice are discussed in the present study.