O exercício físico é reconhecido pelos seus múltiplos benefícios na saúde e no bem-estar dos indivíduos. É adotado por muitos como forma de lidar com o stress e as exigências do dia-a-dia. Por este motivo, muitas empresas têm vindo a enquadrar, nas suas práticas organizacionais, a promoção do exercício físico. Neste sentido, a presente dissertação teve como objetivo analisar os níveis de bem-estar de um grupo de trabalhadores praticantes de exercício físico e de um grupo de não praticantes, de forma a fundamentar a importância de as empresas desenvolverem este tipo de práticas. Para tal, foi aplicado um questionário de autopreenchimento que pretendia avaliar o nível de exercício físico, as emoções positivas/positividade, o rácio de positividade e o bem-estar afetivo no trabalho. No total, o estudo contou com 183 trabalhadores de nacionalidade portuguesa, de diversos setores laborais. Os resultados permitiram constatar a existência de diferenças estatisticamente significativas nas emoções positivas/positividade e no rácio de positividade, sendo que os praticantes de exercício físico apresentaram valores superiores nestas variáveis. Relativamente ao bem-estar afetivo no trabalho, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas, à exceção da dimensão da depressão. As pessoas não praticantes de exercício físico apresentaram valores mais elevados e significativos nesta dimensão. Deste modo, os resultados suportam parcialmente as nossas hipóteses e vão ao encontro do que a literatura tem vindo a reforçar sobre o efeito da prática de exercício ao nível do bem-estar.

Physical exercise is recognized for its multiple benefits in the health and well-being of individuals. It is adopted by many as a way of dealing with stress and the demands of everyday life. For this reason, many companies have been framing, in their organizational practices, the promotion of physical exercise. In this sense, the present dissertation had as objective to analyze the well-being levels of a group of workers practicing physical exercise and a group of non-practitioners, in order to substantiate the importance of the companies to develop this type of practices. A self-filling questionnaire was used to assess the level of physical exercise, the positive emotions / positivity, the positivity ratio and the affective well-being at work. In total, the study counted on 183 workers of Portuguese nationality, of diverse labor sectors. The results showed statistically significant differences in the positive emotions / positivity and the positivity ratio, and the physical exercise practitioners presented higher values in these variables. Regarding affective well-being at work, no statistically significant differences were found, except for the dimension of depression. People who do not exercise have had higher and significant values in this dimension. Thus, the results partially support our hypotheses and are in line with what literature has been reinforcing about the effect of exercise practice on the level of well-being.