Título
A importância das universidades séniores no prolongamento de um sentido de participação e envolvimento social: Um estudo de caso focado nas experiências sociais dos alunos da universidade sénior de Mafra, distrito de Lisboa/Portugal
Autor
Silva, Katia Cristina Leal da
Resumo
pt
Com a intensificação do envelhecimento e o aumento exponencial da proporção de
pessoas com 65 ou mais anos na sociedade portuguesa, as preocupações com sua
qualidade de vida têm sido alvo de maior atenção e escrutínio público mediático. Neste
trabalho desenvolve-se uma pesquisa que associa o envelhecimento, inevitavelmente, a
experiências negativas, de doença, pessoas incapazes e infelizes. No contraponto a estas
imagens, defende-se aqui que a “qualidade de vida”, ou seja, ter saúde física e mental, uma
boa integração familiar e social, com participação ativa nas decisões familiares e públicas, é
também um ensejo das pessoas com 65 ou mais anos. Assim como ter acesso aos bens
culturais e de consumo, boa alimentação e condições de mobilidade e habitação de
qualidade. Nesta ótica, a presente pesquisa, analisa a qualidade de vida das pessoas com
65 ou mais anos, enfatizando diversos vetores de “natureza social” que a configuram, entre
os quais os laços familiares, as sociabilidades e as oportunidades de participação social têm
particular relevância. No plano empírico, focaliza-se o olhar no exemplo dessas actividades
nas universidades séniores e em particular a universidade sénior de Mafra enquanto
iniciativa que preconiza uma política social, promotor do envelhecimento ativo e da inclusão
social de pessoas que permanecem orientadas para a vida depois dos 65 anos, este o
objetivo central da pesquisa.
en
The accelerating ageing and exponential growth of the share of over 65s in the
Portuguese society leads to a rising concern with the quality of life of this age group that is
also shared by the media. Ageing is commonly associated to a negative situation, including
disease, reduced mobility and unhappiness. Contrasting with this view, it is arguable that
over 65s may enjoy “quality of life”, including physical and mental health, good family and
social integration and an active engagement in family and public decisions. Moreover, they
may access to consumption and cultural goods, appropriate diets and quality
accommodation and mobility. This study is focused on the social determinants of older
people’s quality of life, namely family links, social relations and opportunities for social
participation. The empirical observation is based on the role played by the Mafra senior
university, as an example of the wider activity of senior universities. This university provides
a social policy of active ageing and social inclusion for over 65s, becoming the central
objective of this research.