CIÊNCIA DE DADOS NA FRENTE DA INOVAÇÃO

Mais uma vez, o Iscte age como pioneiro ao fornecer à sociedade capacidade de lidar com ferramentas para o conhecimento e desenvolvimento.

O famoso artigo da Harvard Business Review que classificava a Ciência de Dados como a profissão mais (sexy) do século XXI foi publicado em 2012 e sete anos nesta era digital é uma eternidade. Mas os pressupostos dessa classificação mantêm-se válidos: esta continua a ser uma profissão rara e de elevada procura. “São raros e caros e, devido ao meio muito competitivo em que se movem, difíceis de reter. Simplesmente não existem muitas pessoas com essa combinação de formação científica e competências computacionais e analíticas”, escrevia a revista, numa edição dedicada à emergência do big data.

A era digital trouxe às empresas, entidades públicas e sociedad e em geral um novo e vasto conjunto de oportunidades, mas igualmente o desafio que consiste em utilizar novas ferramentas e colocá-las ao serviço de estratégias de investigação, gestão e desenvolvimento. 

Atualmente, e de forma crescente, qualquer organização gera e utiliza dados em grande quantidade, variedade e sem demoras, não apenas para apoio à decisão, mas também para desenvolver novos produtos e serviços. Por isso, é também crescente a procura de profissionais altamente qualificados, com as competências necessárias para intervir nas diversas fases desse processo, desde a recolha da informação, processamento, modelação, análise e aplicação prática de resultados. 

Os novos desafios digitais conduziram à necessidade de oferecer formação multidisciplinar adequada ao desenvolvimento de capacidades de raciocínio matemático e computacional, direcionados para o reconhecimento de padrões e construção de modelos de previsão e para a sua análise, interpretação e antecipação. 

A União Europeia e a OCDE colocam a aposta na digitalização no topo das prioridades para a próxima década, atribuindo às instituições do Ensino Superior um papel decisivo da expansão do conhecimento sobre estas novas áreas. 

O Iscte está especialmente bem posicionado neste panorama, conseguindo congregar e articular estreitamente todas essas competências – das engenharias e tecnologias da informação à sociologia e ciências sociais e à gestão/marketing – num campus único em Portugal, com um corpo docente altamente qualificado e uma interação com o mundo empresarial, a Administração Pública e outras instituições de Ensino. 

Por isso, no ano letivo de 2019/2020, o Iscte foi de novo pioneiro, ao oferecer um programa em Ciência de Dados composto por: uma Unidade Curricular optativa no 3.º ano de todas as licenciaturas, a Licenciatura em Ciência de Dados e uma Pós-graduação em Ciência de Dados Aplicada. Este programa é reforçado, no ano letivo de 2020/2021 com um Mestrado em Ciência de Dados. 

O objetivo destes cursos é a formação e qualificação de profissionais com conhecimentos avançados em áreas como Otimização e Machine Learning, alicerçadas em Inteligência Artificial, de forma a responderem aos desafios, quer na atual era do big data, quer na era da Inteligência Artificial, trazendo com isto inovação critica ao modo como a informação pode ser trabalhada no panorama atual nas organizações. 

A forte componente teórica é transmitida através de metodologias de ensino assentes em projetos, ou seja, casos práticos, facilitando o entendimento e construção das diversas abordagens e dos contextos onde as mesmas se aplicam. 

Estes níveis de formação proporcionam uma componente criativa e inovadora às organizações, ao mesmo tempo que abrem as portas à investigação de 3.º ciclo, através dos programas doutorais do Iscte, nos quais já reside uma vasta obra nas áreas enquadradas pela Ciência de Dados, e que se traduzem num leque de relevantes publicações científicas, cuja autoria reflete um corpo docente qualificado e alinhado com os elevados padrões internacionais, através de centros de investigação classificados como Muito Bom/Excelente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

GRUPO DE MISSÃO DE CIÊNCIA DE DADOS NO ISCTE

Diana Mendes (coordenadora), Anabela Costa, Ana Maria de Almeida, Catarina Marques, Diniz Lopes, Elsa Cardoso, João Guerreiro, Patrícia Ávila, Rosário Laureano, Sérgio Moro, Teresa Calapez.

Competências-chave para uma graduação em Ciência dos Dados

• Pensamento computacional e estatístico
• Matemática e Investigação Operacional
• Construção e avaliação de modelos de dados
• Algoritmos e engenharia de software
• Curadoria de Dados 
• Transferência de Conhecimento - Comunicação 
• Ética e Responsabilidade