O questionário validado Heidenberg Peri-Anesthetic foi aplicado nos pacientes de um hospital público do Rio de Janeiro. Todos os entrevistados foram submetidos às cirurgias eletivas. A avaliação, além de obter o nível de satisfação da qualidade do serviço anestésico prestado, correlacionou a satisfação percebida pelos pacientes. Os 71 pacientes foram avaliados através de um questionário com 38 perguntas. O anestesiologista responsável pela entrevista, não fez parte da equipe anestésica daquele dia. O questionário avaliou 3 dimensões (1- equipe; 2- medo; 3-desconforto). O nível de satisfação com todo o tratamento anestésico despendido foi alto. Correlacionando-se todas as variáveis, não foram encontrados resultados significativamente importantes para sexo e nível de escolaridade. As dimensões medo e desconforto tiveram correlação significativa positiva, mas essas duas não se relacionaram com confiança na equipe anestésica, que foi bem avaliada. A estratificação de risco anestésico/cirúrgico, demonstrou que pacientes sem comorbidades clínicas, têm mais medo e consequentemente, mais desconforto anestésico que os pacientes ASA 2. Vários trabalhos científicos analisados correlacionam sexo e nível de escolaridade como fatores correlacionados com grau de satisfação. Neste trabalho, isso não aconteceu. Acreditamos que o n pequeno, graças a gravidade da COVID-19 no Brasil, inviabilizou um melhor resultado. Ponderamos também, que a enorme fila de espera na rede pública brasileira, faz com que os pacientes fiquem tão gratos em terem seu problema resolvido, que a insatisfação seja mais tolerável. O questionário aplicado foi de fácil manuseio, rápido e bem entendido pelos pacientes.

The validated Heidenberg Peri-Anesthetic questionnaire was applied to patients at a public hospital of Rio de Janeiro. All respondents underwent elective surgery. The assessment, in addition to obtaining the level of satisfaction with the quality of the anesthetic service provided, correlated the satisfaction perceived by the patients. The 71 patients were assessed using a 38- question questionnaire. The anesthesiologist responsible for the interview was not part of the anesthetic team that day. The questionnaire assessed 3 dimensions (1- team; 2- fear; 3- discomfort). The level of satisfaction with all the anesthetic treatment expended was high. Correlating all variables, no significant results were found for sex and educational level. The fear and discomfort dimensions had a significant positive correlation, but these two were not related to trust in the anesthetic team, which was well evaluated. Anesthetic / surgical risk stratification has shown that patients without clinical comorbidities are more afraid and, consequently, more anesthetic discomfort than ASA patients 2. Several studies analyzed correlate gender and level of education as factors correlated with degree of satisfaction. In this work, this did not happen. We believe that the small number, thanks to the gravity of COVID- 19 in Brazil, made a better result unfeasible. We also consider that the huge waiting list in the Brazilian public network makes patients so grateful to have their problem solved, that dissatisfaction is more tolerable. The questionnaire applied was easy to handle, fast and well understood by the patients.