Título
Os tempos de espera em contexto de urgência hospitalar
Autor
Areia, Maria Margarida Antunes Baeta Rodrigues de
Resumo
pt
Os tempos de espera excessivos na saúde são um dos principais motivos de
descontentamento dos pacientes e da fraca eficiência para as unidades de saúde. Os
serviços de urgência nos hospitais, pelo seu caracter de funcionamento 24 horas e
atendimento sem necessidade de marcação prévia, revelam tempos de espera muito
elevados. Esta problemática parece não ter solução à vista, e a sua continuidade gera uma
bola de neve de problemas.
Para perceber o que são tempos de espera, o que os torna excessivos e o porquê da
sua existência, tornou-se relevante o apoio do Hospital Dona Estefânia através da partilha
de dados reais. A análise debruça-se em dois períodos diferenciados pela pandemia
COVID-19, o ano de 2019 e ano de 2022.
Mais de 80% da amostra são pacientes “pouco urgente” e “urgente”. Em 2019, os
pacientes esperavam em média 1 hora e meia pela alta, enquanto em 2022, o tempo sobe
para cerca de 3 a 5 horas de espera. A taxa de abandono e as readmissões após 30 dias de
alta, Length of Stay (LOS), superior a 3 horas, são indicadores importantes na avaliação
de performance e eficiência dos hospitais
No ano de 2019 o estudo evidencia que, de forma geral, o hospital cumpre com os
valores de referência. Porém, na análise de 2022, o hospital apresenta um défice. Há
tendências preocupantes, merecedoras de estudos futuros. Recolher informação sobre os
atos médicos por paciente e obter informação sobre os tempos de espera até à triagem e
até à primeira observação médica, são indicadores extremamente relevantes.
en
Excessive waiting times in health are one of the main reasons for patient discontent and
poor efficiency for health units. Emergency services in hospitals, by the 24-hour
operation and care without prior appointment, reveal very high waiting times. This
problem seems to have no solution in sight, and its continuity generates a snowball of
problems.
To understand what waiting times are, what makes them excessive and why they
exist, the support of the Dona Estefânia Hospital with the sharing of real data became
relevant. The analysis focuses on two periods differentiated by the COVID-19 pandemic,
the year 2019 and the year 2022.
More than 80% of the sample are "less urgent" and "urgent" patients. In 2019, patients
waited an average of 1.5 hours for discharge, while in 2022, it rises to about 3-5 hours of
waiting. The dropout rate, readmissions after 30 days of discharge, Length of Stay (LOS)
longer than 3 hours, are important indicators in the evaluation of performance and
efficiency of hospitals
In 2019 the study shows that, in general, the hospital complies with the reference
values. However, in the 2022 analysis, the hospital has a deficit. There are worrying
trends worthy of future studies. Gathering information on medical acts per patient and
obtaining information on waiting times until screening and even the first medical
observation are extremely relevant indicators.