Título
Constellations that matter: The role of telework characteristics in the relationship between work-family conflict and exhaustion
Autor
Marques, Micaela Santos
Resumo
pt
A digitalização do mundo em que vivemos tem vindo a modificar muitas aspetos das nossas vidas,
inclusive as formas e as ferramentas de trabalho. Esta digitalização crescente associada ao
confinamento devido à pandemia de COVID-19 impulsionou o teletrabalho, fazendo com que este
formato laboral fosse utilizado por grandes massas. No entanto, esta utilização, em muitos casos
forçada e repentina poderá ter tido impactos negativos para os trabalhadores. O objetivo desta
investigação é estudar a relação entre o conflito trabalho-família (CTF) e a exaustão e se esta
relação é moderada pelo nível de autonomia no trabalho. Foram distribuídos questionários a
teletrabalhadores (N = 911) e foram entrevistadas pessoas cuja situação laboral e do seu cônjuge
fosse o teletrabalho (total ou parcial) e que tivessem filhos (N = 7). Os resultados obtidos permitem
concluir que a relação entre CTF e a exaustão é positiva e significativa, no entanto esta não é
moderada pelo nível de autonomia que o indivíduo possui no seu trabalho. Os resultados apontam
ainda que as mulheres sentem mais CTF, mais exaustão e têm menos autonomia nos seus trabalhos.
Ademais foi ainda possível verificar que indivíduos com filhos sentem mais CTF. Nos resultados
qualitativos, os participantes exploram as estratégias desenvolvidas no seio familiar que permitiram
combater os efeitos negativos e as desvantagens do teletrabalho. Através dos resultados obtidos
quantitativa e qualitativamente, são sugeridas estratégias às organizações para que se melhore o
teletrabalho e se facilite a sua prática, uma vez que este provavelmente continuará a ser uma
tendência.
en
Digitalization in our world has been changing many aspects of our lives, including work formats
and tools. This growing digitalization associated with lockdown due to the COVID-19 pandemic
stimulated teleworking, and large masses started using this working format. However, telework
was forced and abrupt in many cases, which might have negatively impacted the workers. This
investigation aims to understand if there is a relationship between work-family conflict (WFC) and
exhaustion and if autonomy at work moderates this relationship. Questionnaires were distributed
to teleworkers (N = 911), and interviews were done with individuals with whom they and their
partners were teleworking (totally or partially) and that had children (N = 7). The results made us
conclude that the relationship between WFC and exhaustion is significantly positive, yet the
autonomy level did not moderate it. Results also indicated that women feel more WFC, more
exhaustion, and less autonomy at their jobs. Furthermore, it was also possible to verify that
individuals with children feel higher levels of WFC. In the qualitative results, participants explore
the strategies developed within the family that helped fight the adverse effects and disadvantages
of telework. Through the quantitative and qualitative results obtained, some strategies were
suggested to organizations so they can improve telework and facilitate its practices, as it is likely
it will continue to be a trend.