Teses e dissertações

Mestrado
Arquitetura
Título

O pátio da minha cidade: da antiguidade clássica ao contexto urbano atual

Autor
Conceição, Mariana Neto Coxinho Mourisco da
Resumo
pt
A multiplicidade formal e a possível variação de escala, permitem ao pátio responder a diferentes necessidades programáticas, assim como criar espaços de transição entre diferentes realidades – interior/exterior. Este ensaio recai sobre a evolução e adaptação deste elemento ao longo da história, com o intuito de compreender a relação do mesmo com a cidade contemporânea, em particular com a cidade de Lisboa. O pátio é um elemento primordial na história da arquitetura, desde a antiguidade até à idade moderna. Segundo Antón Capitel, é também a base de um verdadeiro sistema de composição, o suporte de uma forma de projetar tão universal como variado. Tanto como modo de habitar, quanto como sistema, o pátio pode definir-se como um arquétipo sistemático e versátil, capaz de albergar uma grande quantidade de usos, formas, tamanhos, estilos e características diferentes. Para Werner Blaser, o pátio foi criado com o propósito de isolar o Homem do mundo exterior, hostil e desconhecido, porém, sem perder as características/factores naturais. Este ocupa o lugar central e aberto da casa em oposição aos outros espaços fechados que o cercam. A sua forma em planta não é fixa: pode ser quadrado, circular, retângular ou curvo; tão pouco as suas dimensões estão definidas. Todavia, a sua extensão está delimitada pela proporção que deve existir com os muros que o definem. Inúmeros arquitetos estudaram a morfologia e a evolução do pátio porém, este elemento não vive exclusivamente para si próprio, a sua relação com a cidade é constante. Como é o caso do do Pavilhão do Conhecimento dos Mares, projeto da autoria de João Carrilho da Graça, e do EDP Headquarters, da autoria do atelier Aires Mateus, edifícios que previligiam o vazio da cidade e que reinventam a configuração formal do pátio, um espaço público que se abre para o uso dos peões.
en
The formal multiplicity and the possible range of variation allow the courtyard to respond to different program requirements, as well as creating transition areas between different realities - indoor/outdoor. This thesis deals with the evolution and adaptation of this element throughout history in order to understand the relationship of the same with the contemporary city, in particular the city of Lisbon. The courtyard is a key element in the history of architecture from ancient times to the modern age. According to Antón Capitel, is also the basis of a real typesetting system, the support of a form of design as universal as varied. Both as a way of living, and as a system, courtyard can be defined as a systematic and versatile archetype, able to accommodate a lot of uses, shapes, sizes, styles and different characteristics. For Werner Blaser, the courtyard was created in order to isolate the man from the outside world, hostile and unknown, never losing the features/natural factors. Occupies the central and open space of the house as opposed to other enclosed spaces that surround it. Its plant in shape is not fixed: it can be square, circular, rectangular or curved; either their dimensions are defined. However, its scope is defined by the proportion that should exist with the walls that define it. Numerous architects studied the morphology and evolution of the courtyard but this element does not live only for himself, his relationship with the city is constant. As in the case of the Knowledge of the Seas Pavilion, by João Carrilho da Graça, as in EDP Headquarters project, designed by the Aires Mateus studio, both buildings privilegie the urban voids and, ate the same time, reinvent the formal setting of the courtyard, a public space that opens to the use of pedestrians.

Data

19-abr-2017

Palavras-chave

Arquitetura contemporânea
Urbanismo contemporâneo
Pátio
Vazio
Cidade
Parque nacional
Courtyard
Urban void
City

Acesso

Acesso livre

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