Título
Rescuing emotional intelligence from the curse of fragmentation: Towards an integrative framework
Autor
Martins, Alexandra Maria Miranda Pinheiro
Resumo
pt
A evolução das publicações sobre Inteligência Emocional (IE) mostra um interesse crescente
neste tópico, tanto na literatura científica, como popular. No entanto, a ausência de uma
abordagem consensual de conceptualização e medição traduz-se em três pressupostos que
prejudicam a construção do conhecimento. O primeiro é o de que as abordagens existentes
são mutuamente exclusivas; o segundo assenta na ideia de que é inevitável este tipo de
constructo ser demasiado inclusivo; e o último assume que a IE é redundante face a outras
variáveis na predição de resultados importantes para os indivíduos e as organizações. O
presente trabalho desafia estas suposições (a) propondo uma estrutura integrativa que inclui as
principais abordagens de estudo da IE numa estrutura multicamadas; (b) propondo e testando
empiricamente os componentes-chave que medem os aspectos essenciais da IE; e finalmente
(c) usando modelos não-lineares para testar empiricamente o valor acrescentado da IE
enquanto mediadora entre a personalidade e resultados relevantes, como o sucesso académico,
empenhamento no trabalho e comprometimento organizacional. Os resultados indicam que é
possível encontrar um modelo válido de componentes-chave para conceptualizar a IE de uma
forma parcimoniosa (estudos 1 e 2) e que, além de estar significativamente relacionada com a
saúde numa revisão meta-analítica (estudo 3), a IE prediz o sucesso académico (estudo 4), o
empenhamento no trabalho e o comprometimento organizacional (estudo 5) acima da
personalidade. Globalmente, o presente trabalho destaca a necessidade de construir
conhecimento convergente neste campo de pesquisa e explorar modelos não-lineares para
melhor compreender a sua natureza e dinâmica.
en
The evolution of publications on Emotional Intelligence (EI) shows an increasing interest in
this topic, both in the popular and scientific literatures. However, the absence of a consensual
conceptualization and measurement approach translates into three assumptions that are
hampering knowledge building. The first is that the extant approaches are mutually exclusive;
the second is based on the idea that over inclusiveness is inevitable in this sort of constructs;
and the last assumes that EI is redundant with other variables in the prediction of important
outcomes for individuals and organizations. The present work challenges these issues by (a)
proposing an integrative framework that includes the main approaches to the study of EI in a
multi-layer structure; (b) proposing and empirically testing the core components that measure
the essential aspects of EI; and finally (c) using nonlinear models to empirically test the added
value of EI as a mediator between personality and relevant outcomes such as academic
success, work engagement and organizational commitment. Results indicate that it is possible
to find a valid core components model to conceptualize EI in a more parsimonious way
(studies 1 and 2); and that besides being significantly associated with health in a meta-analytic
review (study 3), EI predicts academic success (study 4), work engagement and
organizational commitment (study 5) over and above personality. Overall, the present work
highlights the need to build convergent knowledge in this research field and to explore
nonlinear models to better grasp its nature and dynamics.