Teses e dissertações

Mestrado
Psicologia Social da Saúde
Título

O papel do preconceito racial e da empatia nas disparidades raciais/étnicas de julgamentos e prescrições de tratamento na dor crónica

Autor
Rufino, Célia de Fátima Oliveira
Resumo
pt
A literatura das disparidades raciais/étnicas na dor ao nível dos julgamentos e prescrições de tratamento desfavorecem os “Negros” relativamente aos “Brancos”. O relatório do IOM sugeriu a influência do preconceito racial dos profissionais de saúde nessas disparidades. Pretende-se assim verificar a existência dessas disparidades raciais/étnicas na dor assim como perceber a influência do preconceito subtil, e não o flagrante, como mediador destas disparidades. A empatia surge recentemente como um fator redutor das mesmas, em que será testado o seu papel moderador. Participantes 120 estudantes de Medicina frequentando desde o 2º ao 5º ano de curso. O desenho experimental foi 2 (Etnia: “branca”, “negra”) x 2 (nível de empatia: presente, ausente), controlando o efeito do sexo. Foram utilizados dois instrumentos: um questionário avaliando as disparidades raciais/étnicas, a manipulação e medição da empatia; e um questionário para medir o preconceito racial. Os resultados mostraram a existência de disparidades entre “Brancos” e “Negros” para duas dimensões dos julgamentos de dor; interferência e credibilidade; e também para o tratamento não farmacológico mais especificamente a terapia da “massagem”, mas o efeito surge da interação com o fator sexo. Apenas o preconceito racial subtil para ter influência nas disparidades entre “Brancos” e “Negros” existentes nas dimensões da credibilidade e terapia da “massagem”. A empatia não funcionou como redutora das disparidades raciais/étnicas, mas correlacionou-se positivamente com a maioria das variáveis de dor. O papel do preconceito racial e da empatia devem continuar a ser investigados no sentido de eliminar as disparidades raciais/étnicas na dor promovendo a justiça social.
en
The literature of racial/ethnic disparities on pain judgments and pain treatment prescriptions stands that “Blacks” are disadvantaged in their pain conditions in comparison to “Whites”. The IOM report suggests that health professional’s prejudice or bias can influence racial/ethnic disparities. The purpose of the present study is to investigate the existence of racial/ethnic disparities of pain and understand the role of subtle prejudice, not blatant prejudice, as a mediator on those racial disparities as well. Recently the empathy emerges as a reducer of racial/ethnic disparities, and the empathy role will be tested as a moderator. The subjects were 120 medical students between 2nd and 5th year of the course. The experimental design is 2 (Race: “black”, “white”) x 2 (level of empathy: present, absent), controlling for the sex effect. Two instruments were included: the first was a questionnaire that evaluates the racial/ethnic disparities, and empathy measure and manipulation; and second, the racial prejudice questionnaire. The results showed the existence of racial/ethnic disparities of two pain judgments dimensions, pain disability and pain credibility and it also was evident for the non-pharmacologic treatment, more specifically for the “massage” therapy, but has been an interaction with the factor sex. Only the subtle prejudice seems to be have an influence on the racial/ethnic disparities on pain credibility and “massage” therapy. Empathy didn’t work as a moderator but it showed positive correlations with the most of the dimensions of pain. The role of prejudice and the empathy must be further investigated in order to eliminate racial/ethnic disparities promoting the social justice.

Data

10-jul-2014

Palavras-chave

Preconceito
Disparidades raciais/étnicas
Julgamentos dor
Prescrições de tratamento de dor
Empatia
Profissionais de saúde
Racial/ethnic disparities
Pain judgments
Pain treatment prescriptions
Racial prejudice
Empathy
Health professionals

Acesso

Acesso restrito. Solicitar cópia ao autor.

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