Título
Bruno Taut e Kengo Kuma: a recuperação das idiossincrasias nipónicas
Autor
Graça, Filipa Gonçalves Vidal Cardiga da
Resumo
pt
O carácter da arquitetura japonesa e dos seus arquitetos tem sido objeto de estudo ao longo dos anos, desde os arquitetos ocidentais que viajavam para o Japão no inicio do sec. XX até à contemporaneidade. A chegada de novos materiais e técnicas à realidade nipónica e a influência Ocidental encaminharam a arquitetura japonesa no sentido da sua globalização.
De modo consequente, admitimos que a dicotomia atual entre a multinacionalização e a recuperação da tradição são um tema de debate corrente entre os arquitetos japoneses, que posteriormente se dissemina ao plano Ocidental. Considerando esta questão, reunem-se as ideologias do arquiteto Bruno Taut e Kengo Kuma que apesar de partirem de universos culturais diferentes se consciencializam da necessidade de recuperar a índole arquitetónica neste país, que segundo ambos toma regularmente proporções ambíguas.
Para tal, são analisados ambos os percursos arquitetónicos e os seus trabalhos. O arquiteto alemão Bruno Taut que desperta no país do sol nascente a ideia de reaver a tradição aliada ao modernismo, através das suas obras escritas e do redescobrimento da Vila Katsura.
O arquiteto japonês Kengo Kuma que, atualmente põe em prática no seu trabalho este pensamento, através da utilização de novos materiais naturais e da composição arquitetónica.
A posição tomada cria a necessidade de reconsiderar o sentido tomado pela nova geração nipónica, na medida em que o ponto de conversão assentará na base de um pensamento pró-ativo gerado pelos arquitetos da nova era.
en
The character of Japanese architecture and its architects has been the object of study over the years, from the western architects who traveled to Japan at the beginning of the 20th century to contemporaneity. The arrival of new materials and techniques to the japanese reality and the Western influence sent the Japanese architecture in the direction of its globalization.
Consequently, we admit that the current dichotomy between multinationalisation and the recovery of tradition is a subject of ongoing debate among japanese architects, who later spread to the Western plane. Considering this question, the ideologies of the architect Bruno Taut and Kengo Kuma are met, who, although departing from different cultural universes, are aware of the need to recover the architectural nature of this country, which, according to both, takes on the wrong proportions.
For this, both architectural paths and their work are analyzed. The German architect, Bruno Taut, who awakens in the land of the rising sun the idea of recovering the tradition allied to modernism through his written works and the rediscovery of Vila Katsura. The Japanese architect, Kengo Kuma, who currently puts this thought into practice in his work , through the use of new natural materials and architectural composition.
The position taken creates the need to reconsider the direction taken by the new generation of japanese architects, as the point of conversion will be based on a proactive thinking generated by.