Título
Efeitos dos fatores psicossociais sobre a capacidade para trabalhar até aos 60 anos: análise comparativa entre Portugal e Finlândia
Autor
Barros, Mariana de Figueiredo Simões de
Resumo
pt
Neste trabalho realiza-se uma análise comparativa entre Portugal e Finlândia no que
diz respeito aos riscos psicossociais e a sua relação com a capacidade para trabalhar até aos 60
anos.
O tema dos riscos psicossociais tem sido cada vez mais explorado e alvo de uma
elevada importância, no entanto, existem poucos trabalhos que relacionem este tema com a
capacidade do trabalhador para exercer até à idade da reforma, numa altura em que esta tem
aumentado significativamente, fruto de uma maior esperança média de vida. Para além disso,
os riscos para a saúde mental do indivíduo têm-se agravado fruto de uma maior e mais
elevada exposição aos riscos psicossociais.
Para realizar a pesquisa empírica, foram usados os micro-dados do inquérito
“European Working Conditions Survey”.
Relativamente aos resultados, foi possível constatar que o número de inquiridos que
percecionam não ser capazes de trabalhar até aos 60 anos é consideravelmente superior na
Finlândia. De uma forma geral, esse número é baixo em ambos os países; no entanto, na
Finlândia, existe também um maior número de preditores psicossociais que influenciam a
ocorrência do fenómeno em estudo, face ao panorama português.
en
This is a comparative work between Portugal and Finland regarding the psychosocial
risks and their relationship with the working capacity until the age of 60.
The issue of psychosocial risks has been increasingly explored and high in importance,
however, there are few studies that relate this topic to the working ability until the retirement
age, at a time it has increased, result of an advanced average life expectancy. In addition, the
risks to the individual's mental health are higher and higher because the exposure to those
risks is also higher.
The empirical study was based on the data collected by the European Working
Conditions Survey.
According to the results, it was possible to realise that the number of interviewed who
perceived not being able to work until the age of 60 is considerably higher in Finland. In
general, this number is low in both countries; however, in Finland, there is a greater number
of psychosocial predictors that influence the occurrence of the phenomenon under study,
compared to the Portuguese context.