Título
Psychological detachment from work during off-job time: a relationship with job demands and resources
Autor
Paulino, Jéssica Isabel Rosa
Resumo
pt
Devido à globalização característica do século XXI, a tarefa de distanciamento psicológico do trabalho nas horas de lazer revela-se cada vez mais complexa. Estudos comprovaram a importância do distanciamento do trabalho como forma de recuperação das complicações e exigências laborais. A perceção da existência de recursos no trabalho ajuda a reduzir a significância dada às exigências, atenuando os efeitos das mesmas e, consequentemente, facilitando o processo de recuperação. O presente estudo analisa a relevância dos recursos e das exigências do trabalho no processo de distanciamento psicológico, considerando características pessoais e organizacionais como mediadores do mesmo. As hipóteses foram verificadas com base numa análise quantitativa realizada a 345 trabalhadores em Portugal. Executando uma análise múltipla de regressão, foi possível apurar que a autonomia no trabalho tem um impacto positivo no distanciamento psicológico e que o distanciamento psicológico provoca uma diminuição das exigências emocionais do trabalho sendo a carga horária negativamente correlacionada com esta relação. As características pessoais e o sentido de missão demonstraram não influenciar o processo de recuperação dos recursos do indivíduo. Relativamente a implicações práticas, é importante proporcionar autonomia no trabalho como forma de promover o distanciamento psicológico e, consequentemente, o bem-estar de forma a que os colaboradores consigam suportar as exigências emocionais do trabalho. As organizações deveriam agir contra a carga horária uma vez que afeta, negativamente, os colaboradores.
en
Globalization in the 21st century has increased the awareness of psychological detachment from work during off-job time. Studies have shown the importance of psychological detachment as a promoter of recovery from job demands and stressful occurrences at work. In contemporary workplaces, job resources help to reduce the significance given to job demands, thus, mitigating their effects and, consequently, facilitating the recovery process. The present study analyses the relevance of job resources and demands in the process of psychological detachment, considering personal and organizational characteristics as mediators. The hypotheses were verified on a quantitative analysis carried out on 345 employees in Portugal. By performing a multiple regression analysis, it was possible to find that job autonomy has a positive impact on psychological detachment whereas psychological detachment negatively relates with emotional demands. Workload negatively influences this relationship. Personal characteristics did not have a significant impact in the process of unwinding from work, neither a sense of mission. Concerning practical implications, it is important to provide job autonomy in order to promote psychological detachment and, consequently, well-being so as employees can deal with emotional demands. Organisations should act against workload since it appeared negative affect employees' well-being.