Com a crescente integração da Inteligência Artificial (IA) nas empresas, surgem oportunidades e desafios para os trabalhadores, transformando funções, aumentando a produtividade e reformulando estratégias organizacionais. Embora muitos vejam a IA como um catalisador para inovação, persistem preocupações sobre a perda de empregos e questões éticas. Apesar da relevância da IA, há escassez de dados empíricos sobre as perceções dos trabalhadores relativamente à sua adoção. Este estudo aborda esta lacuna através de uma abordagem quantitativa, analisando opiniões de trabalhadores de diferentes setores, com diferentes níveis de formação académica e rendimento mensal. Os resultados mostram que os trabalhadores tendem a percecionar a IA como uma ferramenta para aumentar a produtividade, promover a inovação e criar oportunidades de negócios. Contudo, a falta de transparência nas estratégias de IA das organizações é uma preocupação evidente. Muitos trabalhadores mostram vontade em aprender novas competências, demonstrando abertura para se adaptarem às mudanças impulsionadas pela IA. Verificou-se também que níveis mais elevados de educação e rendimento, assim como trabalhadores mais novos, relacionam-se positivamente com uma visão mais favorável da IA. Esta investigação contribui quer para o debate no mundo profissional, quer para o debate académico ao fornecer informações sobre as perceções dos trabalhadores, sublinhando a necessidade de estratégias de IA transparentes e de uma abordagem equilibrada que valorize o avanço tecnológico e o desenvolvimento humano. Adicionalmente, são recomendados estudos futuros com amostras mais diversas para aprofundar a compreensão em diferentes contextos e setores.

As Artificial Intelligence (AI) becomes increasingly integrated into business environments, its potential to reshape job roles, influence productivity, and transform organizational strategies has sparked both optimism and concern among employees. While some view AI as a catalyst for innovation and efficiency, others are apprehensive about issues like job displacement and ethical implications. This study employs a quantitative approach, utilizing a structured survey to collect data on employee perceptions of AI adoption in the workplace, gathering insights across diverse sectors, income levels, and educational backgrounds. This research explores employee perceptions of AI adoption, focusing on its impact on productivity, organizational benefits, and employee preparedness to AI integration in their work. Findings indicate that employees view AI as a powerful tool to enhance productivity, foster innovation, and open new business opportunities. However, there are significant concerns regarding transparency and governance, as many employees feel their organizations lack openness in sharing AI-related strategies. A significant number of employees demonstrate a strong willingness to acquire new skills, indicating an openness to adapt to AI-driven changes. The study also identifies a trend where higher levels of education, income, and youth have a positive relation with a more positive view of AI. This work contributes both to professional and academic discussions by providing empirical insights into these perceptions and offers practical implications for businesses, emphasizing the importance of transparent strategies, employee upskilling, and a balanced approach that supports both technological and human capital development. Further research is recommended to deepen understanding across different contexts and demographics.