EDITORIAL

Mais ciência, mais conhecimento, mais inovação


Reitora Maria de Lurdes Rodrigues


MARIA DE LURDES RODRIGUES

Reitora



A revista EntreCampus foi criada em 2019 com o objetivo de contar as muitas histórias inspiradoras que, no campo da investigação e do ensino, acontecem no Iscte – Instituto Universitário de Lisboa. São histórias que revelam a riqueza e a diversidade das atividades desenvolvidas pelos docentes, investigadores e estudantes de doutoramento das nossas Escolas e Unidades de Investigação, no âmbito dos projetos em que estão envolvidos.
Assim, comunicamos e divulgamos o que fazemos, dando conta da forma como nos posicionamos no panorama do ensino universitário e no sistema científico nacional.

Os traços que distinguem o Iscte, no que respeita à ciência, à produção de conhecimento e inovação, são vários e ganham visibilidade junto da comunidade Iscte em cada nova edição da revista EntreCampus, partilhados em forma de entrevista.
De questão em questão, são dados a conhecer ao leitor os projetos de investigação em curso, desde o contexto de partida aos resultados atingidos ou esperados.

Destaco, em primeiro lugar, a interdisciplinaridade dos projetos de investigação, o cruzamento disciplinar e a capacidade de diálogo entre investigadores de áreas científicas distintas e aparentemente distantes. Respondemos, desta forma, à complexidade dos desafios das sociedades contemporâneas que convocam todos os saberes, todas as áreas disciplinares, para a produção de novo conhecimento e de mais ciência.
Em segundo lugar, a relevância científica e o impacto na sociedade, por estarem presentes na atividade que desenvolvemos as dimensões social, económica e tecnológica. O portefólio de projetos de investigação que têm vindo a ser divulgados na revista EntreCampus revelam a atenção ao contexto sociogeográfico em que o Iscte se insere, aos problemas que enfrentam o país, a Europa e o mundo, sem descurar as agendas científicas das várias disciplinas.

Em terceiro lugar, a afirmação no plano da internacionalização, participando e contribuindo ativamente para as dinâmicas globais da produção científica e respeitando as exigências de responsabilidade ética, de integridade, de participação cívica, de abertura e de acesso livre ao conhecimento e à informação científica.

Em quarto lugar, o aprofundamento da articulação entre ensino e investigação, sobretudo através dos programas de formação doutoral integrados nas unidades de investigação. O envolvimento dos estudantes de doutoramento e de mestrado nas atividades de investigação, estimulado através de uma política de bolsas, é essencial para garantir boas condições de acolhimento e de aquisição de competências para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Este novo número da revista EntreCampus marca encontro com mais docentes e investigadores, com mais histórias bem-sucedidas, apenas algumas das muitas que marcam o dia a dia do Iscte, todas elas exemplos que nos distinguem.
Para que o Iscte dê seguimento à sua trajetória e continue a fazer a diferença, é necessário continuar a assegurar os investimentos financeiros que têm vindo a ser concretizados.

O recrutamento e a contratação de investigadores de carreira, oferecendo estabilidade e perspetivas de futuro, é essencial para o crescimento e a sustentabilidade da investigação que queremos fazer. Sem mais recursos humanos, sem investigadores a tempo integral dedicados em exclusividade ao desenvolvimento de projetos de investigação, não será possível abraçar novos projetos nas áreas emergentes. No mesmo sentido, será necessário que a revisão do Estatuto da Carreira Docente Universitária nos permita proporcionar aos docentes de carreira a oportunidade de desenvolver investigação a tempo integral, quando tal for necessário para a concretização dos seus projetos.

A melhoria das condições laboratoriais e de funcionamento das infraestruturas científicas e tecnológicas de produção de informação e conhecimento, bem como a melhoria das condições do trabalho colaborativo, são uma das nossas prioridades e precisam de uma aposta firme, sem hesitação.

O ano de 2025 será um marco na história do Iscte, com avanços significativos em áreas de trabalho já iniciadas. Propomo-nos: consolidar o projeto Iscte – Conhecimento e Inovação, alargando e profissionalizando os apoios às atividades de investigação e estimulando o trabalho de equipas multidisciplinares; prosseguir com a integração dos investigadores de carreira e estreitar a articulação com as atividades de formação avançada; instalar os novos espaços laboratoriais e modernizar os já existentes; identificar e apoiar áreas emergentes de investigação que potenciem os recursos de que dispomos, na perspetiva de continuarmos a fazer mais e melhor ciência, mais e melhor produção de  conhecimento, mais e melhor inovação.

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